"Quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida" (Spe Salvi - Bento XVI)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pio XII, vestido de franciscano, e Paulo VI, de sacerdote comum, salvaram pessoalmente a uma judia


O Venerável Papa Pio XII não somente ajudou a salvar quase 900 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial, como também o mesmo e em pessoa ajudou a vários deles na cidade de Roma, segundo afirma um expert historiador judeu. 

Há pouco tempo, Gary Krupp conheceu o relato de uma judia cuja família foi resgatada graças à intervenção direta do Vaticano. “Há uma carta pouco usual, escrita por uma mulher que ainda vive no norte da Itália, quem relata que participou com sua mãe, sua tia e outros parente em uma audiência com Pio XII em 1947”. 

Junto com Pio XII estava seu Secretário de Estado, o então Monsenhor Giovanni Montini, que seria logo o Papa Paulo VI. 

“Sua tia olhou para o Papa e disse: ‘você estava vestido como franciscano’ e olhou para Montini que estava atrás dela e disse ‘e você como um sacerdote comum. Me tiraram do gueto e me levaram para o Vaticano’. Montini lhe disse imediatamente: ‘silêncio, não repitam esta história’”. 

Krupp crê que as afirmações são certas porque estão de acordo com o caráter de Pio XII, quem "necessitava ver com seus próprios olhos como eram as coisas". 

“Costumava sair em seu carro até zonas bombardeadas de Roma e certamente não tinha medo. Da mesma forma posso o ver entrando no gueto para ver o que estava acontecendo”, afirma o perito historiador. 

Krupp e sua esposa Meredith são os fundadores da Pave the Way Foundation, iniciada em 2002 para “identificar e eliminar os obstáculos não teológicos entre as religiões”. Em 2006, líderes católicos e judeus lhe solicitaram investigar o “inconveniente” da reputação do Papa Pio XII durante a Guerra. Com este descobrimento, Wall, um novaiorquino de 64 anos crê que finalmente se chegou a um grande avanço. 

“Somos judeus. Crescemos odiando o nome de Pio XII. Acreditávamos que era anti-semita, acreditávamos que era um colaborador dos nazistas, todas as coisas que se dizem dele, acreditávamos nelas”. 

Krupp concorda com as conclusões de outro historiador judeu e diplomático israelense, Pinchas Lapide, que afirma que as ações do Papa Pio XII e do Vaticano permitiram salvar mais ou menos 897.000 judeus durante a guerra

Pave the Way tem umas 46 mil páginas de documentação história que sustentam esta afirmação, que agora oferecem em seu site junto numerosas entrevistas com testemunhos presenciais e historiadores. 

“Creio que é uma responsabilidade moral, isto não tem nada a ver com a Igreja católica. Só tem a ver com a responsabilidade judia de reconhecer a um homem que, na realidade, salvou um enorme número de judeus em todo o mundo enquanto estava rodeado de forças hostis, infiltrado por espiões e debaixo de ameaças de morte”

Krupp explicou que uma das formas desta ajuda se deu através da rede de nunciaturas apostólica em todo o mundo com as que se tiravam os judeus perseguidos na Europa. Por exemplo, entre 1939 e 1945, o Vaticano solicitou 800 vistos para entrar na República Dominicana. Esta ação e outras semelhantes permitiram salvar a mais de 11 mil judeus somente desse modo

Pave the Way têm evidências que demonstram que a reputação que mantêm os inimigos da Igreja sobre o Papa Pio XII nasceu como uma conspiração da KGB russa. Um ex-oficial da instituição, Ion Mihai Pacepa, precisa que tudo foi complot soviético. 

Krupp conta que os comunistas queriam “desacreditar o Papa logo depois de sua morte, para destruir a reputação da Igreja católica e, mais importante para nós, para afastar os judeus dos católicos. Tiveram êxito nestas três áreas”. 

Em sua opinião, tudo isto está agora mudando. Quando o escutam falar, disse Krupp, “muitos judeus ficam agradecidos. ‘Me sinto feliz de escutar isso. Nunca quis acreditar isto dele (Pio XII), especialmente os que o conhecemos’”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário