"Quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida" (Spe Salvi - Bento XVI)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"De filho bonito todo mundo quer ser pai"

Li uma matéria em jornal de circulação estadual a respeito de um casal gay (casal?) que queria usar barriga de uma amiga para ter filho. A reprodução assistida, de per se, já é um atentado grave contra a moral católica, conforme é do conhecimento de todos, acredito. Em posts futuros, teremos oportunidade para tratar deste assunto. Mas a cada dia que passa, é como se este pecado estivesse ganhando qualificações, agravos. É impressionante como a sociedade atual consegue modernizar e “turbinar” os pecados!

Na matéria em questão, um ginecologista explica que “só é permitida a barriga de aluguel com um parente de primeiro grau para evitar uma série de problemas, inclusive da mãe não querer dar o filho, devido às modificações hormonais. Já a doação de óvulos só acontece quando há anonimato” (Jornal A Tribuna, edição de 08 de outubro de 2011, página 14).




No dia seguinte, domingo, outra matéria no mesmo jornal sobre reprodução assistida, agora sobre “bancos de óvulos”. Conversando com um conhecido meu sobre o tema ouvi uma história (ou seria melhor estória?). Não posso afirmar que seja verídica, de fato, porque não presenciei, mas de todo jeito, serve para ilustrar os comentários.

Ele, que é médico, me disse que uma paciente jovem de uma cidade do interior (no distante reino de far far away), muito bonita, por sinal, contou para ele uma experiência que teve com uma clínica de fertilização in vitro, em uma cidade grande que fica no Brasil.

Sofrendo de esterilidade (a etiologia desconheço), procurou a clínica, onde recebeu a informação de que para fazer uso do serviço teria que desembolsar um alto valor (tipo 15 mil reais). Porém, não dispondo do dinheiro, resolveu desistir do procedimento. Vendo que estava perdendo um cliente, o médico proprietário da clínica mandou-a chamar e fez uma oferta: como ela era muito bonita, disse que faria o procedimento por um preço reduzido (um desconto de 80%) se ela se dispusesse a doar óvulos (entenderam a esperteza do comerciante, digo, do médico dono da clínica?). Ela não aceitou porque entendeu tratar-se de falta ética.

Ora, vejam a que ponto chegou a mercantilização, a banalização mesmo da vida humana! Já se perverteu completamente o senso de dignidade, o valor sagrado da sexualidade, da reprodução, do matrimônio. Depois não é difícil entender porque existem tantas pessoas achando normais ou até boas em si mesmo, as práticas do aborto, da eutanásia, da contracepção. Tudo isso é um continuum. São várias etapas de um mesmo problema: a perda da baliza moral, o desprezo pela lei natural, o homem que acha que não precisa mais de Deus.

Vale aquele ditado popular conhecido: “de filho bonito todo mundo quer ser pai”. Literalmente.

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