Comemorando o 50º aniversário de nossa querida mãe terrena - que tem direito a fogos de artifício gratuitos todos os anos - viajamos para Tiradentes-MG. Como costumamos fazer (curiosamente, desde antes de nossa conversão), peregrinamos por algumas igrejas das localidades em que iamos passando. Desde Vila Pavão-ES à própria Tiradentes. Quanto capricho e zelo pelas coisas de Deus observamos nas construções centenárias. Tantos detalhes e beleza... e nenhuma preocupação visível com o tempo e o trabalho gastos.
Descobrimos que as Igrejas dedicadas a N. Sra do Rosário eram dos escravos, e que estes, trabalhavam de dia e, à noite, construíam o templo, com material doado pelos senhores. Mui infeliz a segregação, contudo que interessante ver a fé deles. Os escravos queriam também louvar a Cristo em igrejas. E formosas igrejas. E os senhores, que poderiam simplesmente proibir a entrada dos escravos na igreja e não ter de arcar com material de construção e desgasto físico de sua mão de obra, deviam possuir algo que os impelia a agir assim.
Há bastante o que ser contado de cada sagrada construção, uma de paredes todas alvas impressionante, outra com um lustre doado por D. João (Rei português) que é geminar a um exemplar encontrado no Louvre (só existem os dois em todo o mundo), estátuas com cabelos verdadeiros doados por promessas; nas esculturas de Aleijadinho em Congonhas, observa-se cada coisa, como a expressão de Judas na Santa Ceia, o nariz adunco dos romanos...
Toda a viagem circundada por campinas a perder de vista, lembrando-nos o salmo. “Em verdes prados ele me faz repousar, conduz-me junto às águas refrescantes” (Sl 22).
Salmodiava o coração por si só, a cada contemplação do amor de Deus pelo homem e do amor do homem por Deus. Deus caritas est!
Para ilustrar um momento desta viagem:
Aqui, a Igreja Matriz de Barra de São Francisco-ES (recente, de 1969!), com uma Missa tridentina estampada numa pintura em azulejos
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