"Quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida" (Spe Salvi - Bento XVI)

sábado, 29 de outubro de 2011

Na tempestade, a ternura do Senhor pelos seus pequeninos

Extraio um texto do blog do Dom Henrique Soares da Costa, bispo auxiliar de Aracaju. É uma alocução do servo de Deus Papa Pio XII, de 1941, durante a Festa dos Apóstolos Pedro e Paulo. Vale a pena ler.  




Nesta solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, o vosso devoto pensamento e afeto, diletos filhos de toda a Igreja Católica universal, se dirige a Roma com a estrofe triunfal: “O Roma felix, quae duorum Principum – es consecrata glorioso sanguine! / Ó Roma feliz, que foste consagrada pelo sangue glorioso destes dois Príncipes!”.

Mas a felicidade de Roma, que é felicidade de sangue e de fé, é também a vossa: pois a fé de Roma, aqui selada na margem direita e na margem esquerda do Tibre com o sangue dos Príncipes dos apóstolos, é a fé que foi anunciada a vós, que se anuncia e se anunciará em todo o mundo. Vós exultais ao pensar e ao saudar Roma, porque sentis em vós o sobressalto da universal romanidade da vossa fé.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Igreja proibiu os banhos na Idade Média?

Noutro dia, durante uma aula de língua italiana, a professora, natural da região de Treviso, Itália, ensinou para a classe que em seu país natal, o hábito de tomar banhos sofreu uma grande influência negativa por parte do catolicismo. Prova disso, segundo ela, é que na região somente há pouco tempo se difundiu o costume de utilizar o chuveiro, ao que se chama lá fare la doccia. Antes da chegada do chuveiro, as famílias tinham à disposição um banheira que utilizavam para lavar o corpo, originando a expressão fare il bagno.

Questiona pelos alunos, a professora observou ainda que a Igreja, durante o período medieval, proibiu os banhos, que eram considerados pecados graves. Segundo ela, as pessoas podiam se lavar somente duas vezes em toda a vida, por ocasião do nascimento e da morte próxima. E acrescentou que isso se pode achar em qualquer livro de história geral e até se ensina nas aulas de religião nas escolas italianas.

Resolvi, então, pesquisar a veracidade dessas informações. Solicitei o auxílio de alguns irmãos mais doutos do que eu através de uma lista de discussões no Yahoo Groups, chamada “Tradição católica e contra-revolução”. Foram tantas as respostas e tantas as fontes bibliográficas citadas que, ao invés de citar uma a uma, resolvi resumir tudo em algumas linhas para facilitar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O famoso discurso de Ratisbona

De vez em quando escuto ou leio em algum lugar, qualquer crítica contra o discurso histórico que o Santo Padre Bento XVI fez em uma universidade alemã, a 12 de setembro de 2006. Os que reclamam desse discurso são os mesmos que pretendem fazer desaparecer da face da terra qualquer pretensão de Verdade. São agentes de uma espécie de “nova religião” que inclui a todas e as supera em um denominador comum, mais consensual. Essas mesmas vozes se levantam nos jornais de várias partes do mundo em todas as situações possíveis, instrumentalizando esse discurso como se fosse algo inaceitável e bárbaro em nossa época.


Por isso, nesse dia do Encontro de Assis, em que líderes religiosos estão reunidos em peregrinação, simbolizando um esforço de todos os homens de boa vontade para uma convivência respeitosa, resolvo reler aquele famoso e memorável discurso e transcrevo abaixo um pequeno trecho. Sei que a maioria dos jornalistas tentará aproveitar dessa ocasião para criticar o Santo Padre, lembrando de sua “intolerância”, citando sempre o discurso de Ratisbona, como se de repente dizer a verdade e ensinar o que é certo tenha se tornado em algo politicamente incorreto e até mesmo inadmissível. Outros, cheios de veneno em suas línguas e canetas irão insinuar que se trata de uma demonstração de que todas as religiões são equivalentes e que, então, devemos renunciar a qualquer pretensão de conhecer a verdade em troca de viver nessa nova religião da paz universal. Pior que esses mesmos, que admitem não possuir a verdade, se consideram em estágio intelectual superior aos que têm suas religiões e aparecem com freqüência na televisão e nos jornais ensinando as pessoas o caminho do “bom-senso”. Deus nos livre.


Quem quiser ler o discurso na íntegra, o que é altamente proveitoso do ponto-de-vista cultural e espiritual, pode clicar
aqui. Abaixo, segue a parte que julguei de maior proveito em nossos dias atuais. Viva il Papa!


"Presumivelmente terá sido o próprio imperador que depois, durante o assédio de Constantinopla entre 1394 e 1402, escreveu este diálogo; deste modo se explicaria por que aparecem os seus raciocínios referidos de forma muito mais pormenorizada que os do seu interlocutor persa. O diálogo cobre todo o âmbito das estruturas da fé contidas na Bíblia e no Alcorão, detendo-se principalmente sobre a imagem de Deus e do homem mas também – e repetidamente, como era de esperar – sobre a relação entre as três «Leis» ou três «ordens de vida», como então se designava o Antigo Testamento, o Novo Testamento e o Alcorão. Por agora, nesta lição, não pretendo falar disso; primeiro gostava de acenar brevemente a um assunto – aliás bastante marginal na estrutura de todo o diálogo – que me fascinou no contexto do tema «fé e razão» e vai servir como ponto de partida para as minhas reflexões sobre este tema.


No sétimo colóquio (διάλεξις – controvérsia) publicado pelo Prof. Khoury, o imperador aborda o tema da jihād, da guerra santa. O imperador sabia seguramente que, na sura 2, 256, lê-se: «Nenhuma coação nas coisas de fé». Esta é provavelmente uma das suras do período inicial – segundo uma parte dos peritos – quando o próprio Maomé se encontrava ainda sem poder e ameaçado. Naturalmente, sobre a guerra santa, o imperador conhecia também as disposições que se foram desenvolvendo posteriormente e se fixaram no Alcorão. Sem se deter em pormenores como a diferença de tratamento entre os que possuem o «Livro» e os «incrédulos», ele, de modo surpreendentemente brusco – tão brusco que para nós é inaceitável –, dirige-se ao seu interlocutor simplesmente com a pergunta central sobre a relação entre religião e violência em geral, dizendo: «Mostra-me também o que trouxe de novo Maomé, e encontrarás apenas coisas más e desumanas tais como a sua norma de propagar, através da espada, a fé que pregava».
O imperador, depois de se ter pronunciado de modo tão ríspido, passa a explicar minuciosamente os motivos pelos quais não é razoável a difusão da fé mediante a violência. Esta está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma. Diz ele: «Deus não se compraz com o sangue; não agir segundo a razão – «σὺν λόγω» – é contrário à natureza de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Por conseguinte, quem desejar conduzir alguém à fé tem necessidade da capacidade de falar bem e de raciocinar corretamente, e não da violência nem da ameaça... Para convencer uma alma racional não é necessário dispor do próprio braço, nem de instrumentos para ferir ou de qualquer outro meio com que se possa ameaçar de morte uma pessoa...».

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Perícia Médica e Igreja católica

Abaixo, apresento um extrato de um trabalho de conclusão de curso em Perícia Médica que tive que fazer há pouco tempo. Está em formato diferente dos demais posts, mas vale a intenção. Paz e Bem da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Introdução

            Surgida há cerca de dois milênios, a Igreja católica desenvolveu-se a partir do colégio dos doze apóstolos escolhidos por Jesus Cristo (1). Ao longo dos séculos, os cristãos estiveram presentes em todos os grandes momentos da história da civilização ocidental. Primeiro, sofrendo a perseguição dos imperadores romanos e fazendo subsistir a fé ao preço do próprio sangue, lutando até o martírio (2). Com o desmoronamento de Roma, que caiu nas mãos dos bárbaros, a Igreja foi, praticamente, a única instituição preservada e que conseguiu sobreviver aos ataques (3).
            Por esta razão, cada vez mais, cresceu a importância da Igreja católica enquanto instituição, com papel decisivo na manutenção da ordem social, na educação, na saúde, nas artes e na cultura.  Assim, não se pode desprezar a importância da Igreja para o desenvolvimento progressivo de todos os campos da razão e das ciências. Alguns historiadores chegam a afirmar com clareza que a Igreja moldou a civilização ocidental como hoje a conhecemos (4). 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Viver para mim é Cristo - Parte 1


Comecei a refletir e a escrever o que se segue durante a Residência Médica, no primeiro semestre deste ano. Todavia, o que escrevi permanece válido para mim hoje e espero que, um dia, com a luz do Espírito Santo e se for para a maior glória de Deus, eu consiga completar o percurso iniciado nessa linha de raciocínio. Paz e Bem da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Na realidade, o que me motiva a refletir é a inquietação de minha alma e a escrever é o desejo de partilhar as conclusões a que pretendo chegar, com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tenho dificuldade mesmo de cuidar das coisas temporais, da vida temporal em todos os seus aspectos, incluindo a saúde, o bem-estar e todo o resto quando sei que a morte temporal é na verdade o portal para a Felicidade Eterna. Eu preferia mesmo não pensar nisso porque muitas vezes me sinto privado de muitas emoções positivas por causa deste assunto para mim tão espinhoso. Espinhoso na medida em que causa incomoda minha alma como faz um espinho encravado na sola do pé.

domingo, 23 de outubro de 2011

Bento XVI: em direção às moradas celestes

O Santo Padre Bento XVI, acolhendo o convite do Cardeal Pell, Arcebispo de Sydney, inaugurou o novo centro de acolhida para os peregrinos provenientes da Austrália (chamado Domus Australia). Foi na tarde do dia 19 de outubro de 20011. Depois da Adoração ao Santíssimo Sacramento, ele fez um discurso, dos quais destaco alguns trechos que julguei importante compartilhar com vocês. Aliás, sempre que o Papa profere um discurso, há uma mensagem edificante e válida para toda a Igreja. Desejo inserir algumas palavras do Vigário de Cristo no blog, tantas vezes quanto possível. (Tradução a partir do italiano nossa, original em italiano pode ser lido aqui)

Cerca de um ano atrás, a primeira santa australiana, Mary MacKillop, foi elevada à honra dos altares e eu me uno a todos vós para render graças a Deus pelas numerosas bênçãos já enviadas para a Igreja em vosso País graças ao seu exemplo. Rezo afim de que ela continue a inspirar muitos australianos a seguir as suas pegadas conduzindo uma vida de santidade, ao serviço de Deus e do próximo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bento XVI aos novos evangelizadores

Trechos das alocuções do Santo Padre Bento XVI aos membros do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, reunidos em Roma no fim de semana passado próximo.

"O mundo de hoje precisa de pessoas que anunciem e testemunhem que é Cristo a ensinar-nos a arte de viver, a estrada da verdadeira felicidade, porque é Ele mesmo a estrada da vida; pessoas que tenham antes de tudo elas mesmas o olhar fixo em Jesus, o Filho de Deus: a palavra do anúncio deve ser sempre imersa em um relacionamento intenso com Ele, em uma intensa vida de oração. O mundo de hoje precisa de pessoas que falem com Deus, para poderem falar de Deus. E devemos também recordar sempre que Jesus não redimiu o mundo com belas palavras ou meios vistosos, mas com o seu sofrimento e com a sua morte. A lei do grão de trigo que morre na terra vale também hoje; não podemos dar a vida a outros sem dar a nossa vida: "quem perder a sua vida por mim e pela causa do Evangelho, a salvará", diz-nos o Senhor (Mc 8,35)".

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O melhor seguro de vida

Enquanto trabalhava no meu consultório em um posto de saúde de Vila Velha, no final do ano passado, recebi a visita de um representante que vendia seguros de vida para médicos. Relutei bastante em assinar porque iria me custar uns 40 reais por mês e não via grande utilidade. Afinal de contas, com 24 anos, não estava nos meus planos – e ainda não está – morrer. Mas o representante argumentou de todas as formas que podia, ele não desistiu fácil. Disse que também poderia me acontecer um acidente ou coisa do tipo e, como conseqüência, ficar incapaz para o trabalho. Lembrou ainda de muitas outras possibilidades e, depois de muita insistência, resolvi assinar o seguro. Levei em conta no final o bem-estar de algumas pessoas queridas que, no meu julgamento, fariam bom proveito dos meus vencimentos em caso de ausência minha.

Agora penso: o Sacramento da Confissão é também um tipo de seguro de vida. Ele me assegura mais do que qualquer outro, é garantia de vida eterna! Muitas vezes deixamos de procurar o Sacramento porque nunca achamos que vamos morrer agora, isso definitivamente, não está nos planos, principalmente durante a juventude. Por isso, deixamos sempre para amanhã.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sobre festas e compromissos sociais

Escrevi este texto em julho de 2010. Todavia, somente agora surgiu oportunidade para publicá-lo e compartilhar com quem possa se interessar. Paz e Bem da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo! 

Enquanto cidadãos, inseridos na sociedade secular, não podemos nos esquivar de todos os compromissos sociais.  Viver em santidade não requer, propriamente, uma vida de eremita. Como membros da humanidade, somos partícipes da vida quotidiana com suas lutas e conquistas temporais e chamados a viver em comunidade. Se fosse necessário retirar-se do convívio dos semelhantes para levar uma rotina virtuosa, não teríamos tantos santos casados, reis, príncipes, escravos e médicos além de muitos monges, padres, bispos e papas. Estes “cidadãos do céu” levaram ao mundo o brilho de suas vidas dedicadas a Cristo e através de sua obediência, fidelidade e testemunho, tornaram-se meios concretos de evangelização e instrução na fé para suas gerações e para outras futuras. Os cristãos devem levar seu comportamento ao mundo para evangelizar. Evidentemente, isto não diminui em nada a importância de fugir do pecado e evitar, quanto mais seja possível, os ambientes e situações que possam colocar em risco nossa conduta reta e evidenciar nossas misérias e fragilidades.

Particularmente emblemáticos são os bailes de formatura dos tempos modernos. Freqüentemente somos convidados a comparecer em eventos desta natureza por familiares e amigos próximos e, quase sempre, recusar-se a comparecer pode parecer antipático demais.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Viver com esperança

Transcrevo abaixo uma carta que enviei há algum tempo a uma pessoa que, afastada da Igreja, sem fé, estava vivendo um pouco triste, desanimada e sem motivação. Penso, porém, que pode ser útil e como que endereçada a muitas outras pessoas que se encontrem nessa situação.

Crer ou não crer? Esta pode ser uma difícil e polêmica questão. Imaginemos, no entanto, o caminho de um ateu e um cristão nesta vida, sob a perspectiva de suas crenças.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

80 anos do Cristo Redentor

Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro


O homem é um ser simbólico, assim, nenhuma dimensão de sua vida pode fugir a essa regra ou correrá o risco de perder o sentido. Também na dimensão da fé somos seres simbólicos. Simbolizamos o nosso crer através de diversos elementos que, no seu sentido profundo, nos despertam para o que nos supera e transcende.




O Brasil, esta nação “abençoada por Deus”, carrega gravado no coração a força inequívoca de muitos símbolos que manifestam o coração, a alma, a vida e esperança de nossa gente. Se alguns insistem em pelejar pela extinção de nossos símbolos com a pretensa falaciosa afirmação de que o estado é laico, nós não apenas afirmamos que, de fato, o é, mas a nação, que precede o estado e dá o sentido de sua existência, essa não é laica: é religiosa, e mais, é cristã e, sobretudo, fundada sob a égide da fé católica.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Em um mundo anêmico de Deus

do Cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, em palestra dada nos Estados Unidos a um grupo de sacerdotes (via blog Redemptionis Sacramentum).

Dorothy Thompson, escritora americana, decênios atrás, publicou em um artigo para uma revista os resultados de uma acurada pesquisa sobre o famigerado campo de concentração de Dachau. Uma pergunta-chave relativa aos sobreviventes era esta: “Quem, em meio ao inferno de Dachau, permaneceu mais tempo em condições de equilíbrio? Quem manteve durante mais tempo o senso próprio de identidade?”. A resposta foi unânime e sempre a mesma: “Os padres católicos”. Sim, os padres católicos! Esses conseguiram manter-se no próprio equilíbrio, no meio de tanta loucura, porque eram conscientes da vocação deles. Esses tinham sua escala hierárquica de valores. A dedicação deles ao ideal era total. Esses eram conscientes da sua missão específica e das motivações profundas que a levantou. Em meio ao inferno terreno, esses portavam seu testemunho: aquele de Jesus Cristo!


Vivemos em um mundo instável. Existe uma instabilidade na família, no mundo do trabalho, nos vários grupos sociais e profissionais, nas escolas e instituições. O padre, porém, deve constitucionalmente ser um modelo de estabilidade e de maturidade, de dedicação plena ao seu apostolado. No caminho inquieto da sociedade, existe muitas vezes uma interrogação à mente do cristão: “Quem é o sacerdote no mundo de hoje? É um marciano? É um alienado? É um fóssil? Quem é?”. A secularização, o gnosticismo, o ateísmo nas suas várias formas, estão reduzindo sempre mais o espaço do sagrado, estão sugando o sangue do conteúdo da mensagem cristã. Os homens das técnicas e do bem-estar, o povo caracterizado pela febre do “aparecer”, demonstram uma extrema pobreza espiritual. São vítimas de uma grave angústia existencial e se mostram incapazes de resolver os problemas de fundo da vida espiritual, familiar e social.

Se quiséssemos interrogar a cultura mais difundida, perceberíamos que essa é dominada e impregnada pela dúvida sistemática e pela suspeita contra tudo o que concerne à fé, à razão, à religião, à lei natural. “Deus é uma hipótese inútil – escreveu Camus – e estou perfeitamente seguro que não me interessa”.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"De filho bonito todo mundo quer ser pai"

Li uma matéria em jornal de circulação estadual a respeito de um casal gay (casal?) que queria usar barriga de uma amiga para ter filho. A reprodução assistida, de per se, já é um atentado grave contra a moral católica, conforme é do conhecimento de todos, acredito. Em posts futuros, teremos oportunidade para tratar deste assunto. Mas a cada dia que passa, é como se este pecado estivesse ganhando qualificações, agravos. É impressionante como a sociedade atual consegue modernizar e “turbinar” os pecados!

Na matéria em questão, um ginecologista explica que “só é permitida a barriga de aluguel com um parente de primeiro grau para evitar uma série de problemas, inclusive da mãe não querer dar o filho, devido às modificações hormonais. Já a doação de óvulos só acontece quando há anonimato” (Jornal A Tribuna, edição de 08 de outubro de 2011, página 14).

domingo, 9 de outubro de 2011

Pensamentos sobre a Igualdade dos homens

Este pequeno texto, escrevi-o no dia 15 de agosto de 2010. Desejo compartilhar esses pensamentos com os irmãos. Bom domingo! Paz e Bem da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Sou médico, jovem, de classe média. Tenho um bom rendimento financeiro, uma família estável, uma profissão de respeito e, talvez, alguma beleza física. Um pequeno detalhe, no entanto, me tira um pouco desta aparente “perfeição social”. Por doença congênita sou portador de visão monocular. Isto, na prática, não me traz prejuízos estéticos e pouquíssimos transtornos funcionais para as atividades quotidianas.

Um portador de visão monocular está legalmente impedido de trabalhar como motorista profissional, piloto de avião e também não pode ingressar na carreira militar. Em algumas outras situações, mesmo sem o impedimento legal, o “monocular” encontra limitações, como as atividades ligadas à cirurgia e ao corte e costura. Para mim a legislação não traz repercussões suficientemente negativas para que me sinta um injustiçado. Mas, certamente, a algumas pessoas em condições sociais desfavoráveis, as proibições podem representar um drama na vida profissional.

Hoje, no entanto, fui ao cinema para assistir a um filme em três dimensões. Fiquei surpreso com os comentários daqueles que estavam sentados próximos a mim sobre cenas do filme que eles viam de uma forma totalmente diferente da que eu via. Para mim, um filme em 3D é absolutamente idêntico a um filme sem esta tecnologia. Isto se deve à minha leve deficiência. De fato, naquele momento, a minha deficiência tornou-se sensível na prática. Claro que não me trouxe sofrimento. Aliás, seria futilidade demais de minha parte incomodar-me com tão pequena limitação. Mas este fato foi didático para mim e me fez entender de forma precisa o que é a desigualdade e, mais ainda, onde podemos buscar a igualdade entre os homens.

sábado, 8 de outubro de 2011

Trechos do discurso do Servo de Deus Papa Pio XII aos obstetras italianos, em outubro de 1951

8 de outubro: dia do Nascituro.
Rezemos para que nunca seja aprovado o aborto em nosso Brasil.
Juntos em defesa da vida


Tradução, adaptação e sublinhados nossos
 (original em italiano disponível no site da Santa Sé – www.vatican.va).

Quando se pensa na admirável colaboração dos genitores, da natureza e de Deus, da qual vem à luz um novo ser humano à imagem e semelhança do Criador (cfr. Gn 1, 26-27), como se poderia não apreçar com seu justo valor a cooperação preciosa que vós aportais a tal obra? A heróica mãe dos Macabeus advertia seus filhos: “Eu não sei como crescestes em meu seio; não vos dei o espírito e a vida, nem compus o organismo de nenhum de vós. Então, o Criador do Universo formou o homem na sua origem” (2 Mac 7, 22).

A vossa formação profissional e a vossa experiência vos dão condições de conhecer as ações da natureza e do homem, não menos que as normas e as leis às quais ambas estão sujeitas; a vossa consciência, iluminada pela razão e pela fé, sob a guia da Autoridade por Deus estabelecida, vos ensina até onde se estende a ação lícita e onde, ao invés, estritamente se impõe a obrigação da omissão.

O vosso apostolado profissional se exercita em primeiro lugar por meio da vossa pessoa.

Por que alguém vos chama? Porque está convencido de que vós conheceis a vossa arte; que vós sabeis de que coisa a mãe e a criança têm necessidade; a quais perigos ambos estão expostos; como estes perigos podem ser evitados ou superados. Se espera de vós conselho e ajuda, naturalmente não em modo absoluto, mas nos limites do saber e do poder humanos, segundo o progresso e o estado presente da ciência e da prática na vossa especialidade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Tudo em minha vida proverá o Senhor...

Tudo em minha vida proverá Senhor
Das pequeninas às maiores necessidades
Os desejos de sua florzinha continua a atender em nós.
Fazendo a Santa Teresinha, mais esse ato de Amor.

Tendo-Te Senhor tudo mais eu tenho
E a felicidade está sempre em mim
A mansidão e paz não dependem deste mundo
Em alegria ou dor ao redor, estou impassível em Ti.